Constrangimento na perícia médica

Venho registrar o constrangimento que tenho sofrido na perícia médica realizada no posto Roberto Campos. Infelizmente, sei que situações como a minha são comuns e vivenciadas por outros funcionários, mas para quem temos que pedir ajuda? Descobri essa ouvidoria e espero que algo possa ser feito. Entendo que o objetivo do perito seja retornar o funcionário para a sua função, mas qual o preço que temos que pagar pra isso? Uma consulta que deveria ser para avaliar a condição física, mental, psicológica do paciente vai além disso e ultrapassa todos os limites da ética profissional dando espaço para o descaso, humilhação e constrangimento do paciente. Falta empatia, respeito, ética e o que é pior é que a condição em que o paciente se encontra não tem importância nenhuma. Isso não deveria ser considerado? Afinal, só o paciente sabe as lutas que tá enfrentando. No meu caso, faço acompanhamento com médicos particulares e o que escuto muito nas perícias é que o que o o meu médico fala, diz ou acha não tem importância nenhuma porque quem manda lá dentro é o perito. Já passei por situações do perito questionar a conduta de outro médico desmerecendo o profissional, como se o trabalho que ele realiza ou a conduta que tem não tivesse valor nenhum porque no final das contas quem manda é o PERITO. Isso é sempre frizado, parece que exercer a autoridade de perito e demonstrar poder é o que mais importa. E enquanto a preocupação em inflar o ego toma espaço, a humanidade vai ficando de lado. Se o funcionário está licenciado, certamente, é porque está enfrentando algum problema de saúde que requer atenção e isso, por si só já o deixa vulnerável. Esse profissional merece retornar bem para suas funções, mas quando estiver RECUPERADO, justamente, para não ter que se licenciar novamente. O que não entendo é porque os peritos precisam rebaixar a autoestima do funcionário, humilhar de uma maneira como se a culpa do que a pessoa está vivendo fosse exclusivamente dela. O perito deveria ser o profissional que tem uma escuta ativa, que acolhe, motiva e respeita. Mas, o que encontramos é um profissional que se acha o dono da verdade, detentor do poder e que nem escuta o que temos para falar. No caso do perito Eduardo, foi assim que foi conduzida a perícia. Simplesmente passou por cima de uma recomendação de afastamento do meu médico particular, ignorando todo o tratamento que tenho feito e disse que lá quem mandava era ele. Penso que se a prefeitura quer que seus funcionários retornem para suas funções deveriam investigar o que acontece na perícia com Maria Helena e o Eduardo, pois o que vejo é que a cada perícia os funcionários adoecem ainda mais porque cada vez que vão deixam pra trás um pouco da sua saúde frente a tanta humilhação. Ninguém merece passar por isso! Peritos precisam compreender que estão lidando com vidas, com seres humanos e não objetos. Peço que fiscalizem, pois muitos funcionários passam por isso e não sabem pra quem pedir ajuda.

: 17/09/2025 17h06
: Denúncia
: Ouvidoria
: 20250917170654
: Resolvida

Respostas

1

: bruna
: 18/09/2025 13h27
: Aceito

Olá,

Seja bem-vinda à Câmara Municipal de Miguel Pereira!

A Ouvidoria Legislativa confirma o recebimento de sua dúvida registrada em 17/09/2025. Informamos que sua solicitação está em análise e, em breve, será respondida.

Atenciosamente,
Ouvidoria Legislativa

2

: bruna
: 07/10/2025 16h41
: Resolvida

Prezada cidadã,

A Ouvidoria Legislativa Municipal agradece por utilizar este canal para relatar sua experiência e reconhecer a importância do controle social e da fiscalização dos serviços públicos. Recebemos atentamente sua manifestação referente ao atendimento prestado durante perícia médica no Posto Roberto Campos, destacando o sentimento de constrangimento e humilhação sofrido, bem como a postura dos peritos, em especial do profissional Eduardo, descrita como autoritária, desrespeitosa e desconsiderando recomendações médicas particulares, além de relatar práticas que ultrapassam os limites da ética profissional.

Ressaltamos que os serviços de perícia médica devem pautar-se em critérios técnicos, éticos e humanizados, considerando não apenas o diagnóstico clínico, mas também a condição física, mental e emocional do servidor avaliado. A perícia não deve jamais se transformar em um ambiente de humilhação ou de exercício de poder, mas sim em um espaço de escuta ativa, respeito e acolhimento, assegurando que o retorno ao trabalho ocorra de forma responsável e segura, preservando a saúde do servidor e evitando agravamentos ou novos afastamentos.

A Ouvidoria Legislativa reforça que situações como a relatada são tratadas com seriedade, responsabilidade e sigilo, reconhecendo a vulnerabilidade dos servidores que passam por avaliações dessa natureza e a necessidade de se garantir um ambiente profissional pautado no respeito mútuo e na ética.

Caso situações semelhantes persistam, a Ouvidoria Legislativa adotará medidas mais drásticas dentro de sua competência institucional, inclusive mediante comunicação aos órgãos de controle externo, como o Ministério Público e o Tribunal de Contas, se for o caso.

Solicitamos, ainda, que caso possua documentos, laudos, áudios, relatórios médicos ou outros registros que possam contribuir para eventual apuração, encaminhe para o e-mail institucional: ouvidoria@camaramiguelpereira.rj.leg.br

Agradecemos sua confiança ao compartilhar uma situação de tamanha relevância e reafirmamos nosso compromisso com a defesa dos direitos dos servidores e com a fiscalização dos serviços públicos municipais, assegurando que manifestações como a sua sejam tratadas com o devido cuidado e atenção.

Atenciosamente,
Ouvidoria Legislativa Municipal
Câmara Municipal de Miguel Pereira

Arquivos anexados

Esta solicitação ainda não contém nenhum arquivo anexado.

Ações do documento